sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Terapia Com Estados Ampliados de Consciência Através da Respiração


Imagem: O mais recente livro do Grof sobre Respiração Holotrópica
O estado de consciência em que vivemos nos remete a uma vida mais racional do que emocional, um mecanismo de defesa que o ser humano lança mão para poder sobreviver sem culpas e poder guardar bem escondidos seus piores medos e maiores desejos. Essa negação, acreditam os especialistas, pode levar a sérios problemas psicológicos e anos de terapia. Uma prática, no entanto, tenta resolver este problema em poucas sessões sem medicamentos ou qualquer interferência que não seja extremamente necessária ou solicitada ao terapeuta. O trabalho de respiração holotrópica amplia a consciência através da utilização da respiração mais rápida e profunda, música e trabalho corporal, quando necessário, com liberação de energia. É complementado com arte terapia e compartilhar das experiências, com finalidade de auxiliar a integração dos conteúdos vivenciados.

Como surgiu o trabalho de respiração holotrópica?

Stanislav Grof, M. D., Ph. D., dedicou mais de 20 anos conduzindo pesquisa em terapia psicodélica em Praga, na Checoslováquia e no Maryland Psychiatric Research Center, em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos, explorando o potencial heurístico e terapêutico do LSD e outras substâncias psicodélicas.
Com o propósito de criar uma nova psicologia que pudesse honrar o espectro inteiro da experiência humana, incluindo os vários estados incomuns de consciência os integrantes de um pequeno grupo que viria a criar a nova força em psicologia deram à nova disciplina, o nome de "psicologia transpessoal” por sugestão de Grof.
Após a proibição do LSD, Stanislav Grof buscava uma maneira de continuar sua pesquisa. A partir de 1975, Stanislav Grof desenvolveu, nos Estados Unidos, juntamente com sua esposa Christina Grof, um poderoso método de terapia e auto-exploração, o trabalho da respiração holotrópica que leva os praticantes a perceberem o potencial transformativo e de cura dos estados incomuns de consciência sem a necessidade de drogas.

Por que “holotrópica”?

Significa “orientado para a totalidade”, “indo em direção à totalidade/inteireza”. Holotrópico foi o termo criado por Grof, em 1982, para um largo e importante subgrupo de estados incomuns de consciência, com um notável potencial transformativo e terapêutico, que podemos vivenciar, quando realizamos o trabalho de respiração. Este subgrupo difere de modo significativo dos restantes e representa uma fonte incalculável de novas informações sobre a psique humana, na saúde e na doença.
Na terapia psicodélica, estes estados são induzidos por administração de plantas ou substâncias que ampliam a consciência. No trabalho de respiração holotrópica, ele é atingido pela combinação de respiração mais rápida e profunda, música evocativa e trabalho corporal localizado, que ajudam a dissolver bloqueios bioenergéticos e emocionais.
“No modo de consciência hilotrópico, nós experienciamos apenas uma parte limitada e especifica do mundo fenomenal ou da realidade consensual, de momento a momento. A natureza e a extensão deste fragmento experiencial da realidade são definidas de modo ambíguo, por nossas coordenadas espaciais e temporais no mundo fenomenal, pelas limitações anatômicas e fisiológicas de nossos órgãos sensoriais e pelas características físicas do ambiente.” (Grof, 1997)
No modo de consciência holotrópico, a consciência experimenta uma ampla variedade de fenômenos que ocorrem em diversos níveis da realidade transpessoal.
“Estes aspectos incluem não só o acesso à história biológica, psicológica, social, racial e espiritual do indivíduo, e ao passado, presente e futuro de todo o mundo fenomenal, mas também o acesso a muitos outros níveis e domínios da realidade descritos apenas pelas grandes tradições místicas do mundo.” (Grof, 1997)

Quais os benefícios ao cliente?

O budismo tibetano nos mostra que os maiores males advêm da ignorância, do desejo e da agressividade, que perpetuam os ciclos de nascimento e morte e que são responsáveis por todo o sofrimento em nossas vidas. Este método faz com que outros domínios da psique possam ser integrados e tornados conscientes, de um modo natural e transformador, permitindo a evolução do indivíduo em direção a totalidade. A técnica de uma maneira geral leva a auto-exploração, autodescoberta, transformação e cura.

Como é o processo?
Num primeiro encontro, o facilitador faz uma preleção sobre o que é o trabalho de respiração holotrópica e o que esperar do processo. Uma vez que as pessoas resolvam participar, aplica-se um formulário médico, seguido de uma entrevista para o terapeuta saber como a pessoa está fisicamente, emocionalmente, se há contra-indicações e, também, para estabelecer um contato com o cliente, deixando-o mais a vontade.
É sugerido um contrato ético verbal, para que impere o respeito, o apoio sem julgamento e críticas, para que os participantes se sintam seguros ao se entregarem à experiência, com confiança no processo.
Os participantes trabalham em duplas, alternando os papéis de respirante e de acompanhante

O Trabalho de Respiração Holotrópica não usa nenhuma intervenção que venha de análise intelectual ou que estejam baseadas a priori em um construto teórico. O aquecimento para dar início é feito através de um relaxamento, ao qual se segue a música, dando início ao trabalho de respiração acelerada, até que haja a ampliação da consciência trazendo o potencial de cura. A música toca por cerca de 3h e, quando cessa, o facilitador vai até cada um, para verificar se o processo realmente se encerrou. Em seguida, cada um dos respirantes é conduzido a outra sala onde poderá expressar, de outro modo, o que está sentindo, através de arte terapia.
Em outro momento há a inversão de papéis entre o respirante e o acompanhante. O acompanhante passa a ser o respirante e vice-versa. Todo o programa se repete com novas músicas, experiências e arte terapia.
Ao final de cada respiração todos se reúnem para compartilhar as suas experiências. É o momento em que os participantes narram a sua experiência, sem que haja críticas ou julgamento e onde o respeito à fala e ao processo de cada um é fundamental. O momento ainda é de expressão, de apoio e confiança no que foi vivenciado, sem a utilização do raciocínio reducionista. A razão virá ajudar a entender tudo o que foi vivenciado no emocional, desnudo de preconceitos, só nos dias subseqüentes.
Caso as pessoas sintam a necessidade de lidar mais com seus conteúdos elas podem procurar trabalhar com arte terapia ou musicoterapia. Podem escrever sobre as experiências vivenciadas e discutir a sessão com um facilitador experiente. Podem, também, procurar o seu terapeuta para dividirem um pouco mais e terem mais percepções sobre a experiência e integrá-las de uma maneira satisfatória.

E qual o papel do facilitador?

O papel do facilitador é o de apoiar o processo experiencial com total confiança em sua natureza curativa, sem tentar direcioná-lo ou modificá-lo. A experiência é completamente interna e não-verbal, sem intervenções. Se precisar de ajuda, a pessoa solicita ao facilitador. Quando está tensa, solicita um trabalho corporal, para liberar energia. Quando tem medo, ela se sente incapaz de lidar com o que a mente coloca à sua frente, então o facilitador a apóia e incentiva, gerando confiança para que ela consiga lidar com aquele conteúdo. Pode não ser uma situação prazerosa, já que é difícil lidar com os bloqueios internos.

E como o cliente reage a essas experiências?

A natureza e o andamento das sessões variam, consideravelmente, de pessoa para pessoa e na mesma pessoa, de sessão para sessão. Há uma gama enorme de experiências que podem emergir para serem vivenciadas. Algumas pessoas não apresentam aparentemente grandes manifestações, mas no compartilhar elas relatam experiências profundas.
Há casos de explosões emocionais, efeitos físicos - tremores, arrepios, formigamento do corpo, dores, tensões fortes. A pessoa amplia a consciência e passa a ter uma percepção mais apurada dela mesma. A respiração contínua e acelerada representa um método de redução de estresse, extremamente poderoso e eficaz, que conduz à cura emocional e psicossomática. Resultados típicos de uma sessão são profunda liberação emocional e relaxamento físico. É essencial, para que a experiência tenha a melhor integração possível, que os facilitadores e acompanhantes fiquem com o respirante durante todo o tempo em que permanecer em processo e vivenciar as suas experiências internas.


Com o que a pessoa entra em contato?

Ficando aberta, o mais completamente possível, para a experiência, sem julgamento, confiante no conteúdo que poderá emergir advindo da ampliação de consciência, ela poderá entrar em contato com os conteúdos de toda cartografia da psique, através de experiências que podem ser: biográficas rememorativas (de infância, adolescência e fase adulta); perinatais (anterior, durante e logo após o parto) e, ainda, as transpessoais que compreendem as memórias ancestrais, raciais, coletivas e filogenéticas, as experiências cármicas e da dinâmica arquetípica, quando se identifica com etnias, figuras mitológicas, animais, arquétipos, plantas, entre outras.
Importante: Pode-se viver tanto um estado de paz profunda ou de perturbação. Quanto mais a pessoa se conhece, melhor conseguirá lidar com isso. Ele não lida com algo específico, já que é guiada por um potencial interno de cura. O conteúdo aparecerá junto com um potencial para ser descoberto, transformado e curado.

Qual a importância da música?

A música evocativa mobiliza emoções associadas a memórias reprimidas, levando-as à consciência e facilitando a sua expressão. Ela intensifica e aprofunda o processo terapêutico fornecendo um contexto significativo à experiência. As músicas escolhidas são aquelas que têm uma cadência semelhante ao processo da experiência holotrópica: no início, é de abertura, evocativa e estimulante, em seguida, passa a ser de transe, tornando-se uma música para quebrar barreiras, mais poderosa e dramática, e, então, passa a ser de coração, terminando como mais meditativa e relaxante, para ajudar ao paciente voltar ao seu estado normal de consciência.

É preciso quantas sessões para um tratamento completo?

Depende muito da pessoa. É pouco provável que apenas uma sessão seja suficiente. Estabelecemos que no mínimo seja o ideal dez, ou mais sessões, no entanto não está excluída a possibilidade da pessoa querer respirar menos sessões. A cada sessão há um aprofundamento maior no processo. E como o processo psíquico evolui indefinidamente, à medida que a pessoa insiste no método, ela vai se conhecendo, se transformando e evoluindo cada vez mais.
“É importante perceber que o trabalho holotrópico tem um fim completamente em aberto. É melhor pensá-lo como um projeto de pesquisa e de vivência psicológica contínuas. A terapia holotrópica é um processo de aprendizagem contínua, e não uma aplicação mecânica de um sistema de conceitos e regras fechados.” (Grof, 1997)

É possível praticar sem acompanhamento, ou seja, sozinho?
É totalmente contra-indicado. Muitas pessoas tentaram vivenciar experiências sozinhas ou caíram nas mãos de profissionais não qualificados e se retraumatizaram. O trauma ocorre justamente quando ficamos mobilizados por não conseguir lidar com um conteúdo, nem expressar o necessário. Quando entramos em níveis ampliados de consciência podemos experienciar situações difíceis e traumáticas. Caso isto ocorra, o apoio de um profissional qualificado é indispensável para dar segurança ao enfrentar a situação emergente. Apoio, segurança e respeito ao processo são indispensáveis para auxiliar na transformação e integração da experiência.

Para que tipo de problema esta terapia é mais indicada?

Há resultados de melhoras em casos de dependência química e psicológica, distúrbios emocionais (estresse, estresse pós-traumático, abusos, fobias, ansiedade, depressão) e psicossomáticos, incluindo enxaquecas, asma, infecções crônicas (sinusite, faringite, bronquite e cistite), osteoporose, artrite e reconstituição da circulação periférica do cliente.

Quais as contra-indicações?

Esta vivência não é apropriada para mulheres grávidas, pessoas com problemas cardiovasculares, hipertensão severa, algumas condições psiquiátricas diagnosticadas, cirurgias recentes, fraturas, doenças infecciosas agudas, epilepsia ou emergência espiritual ativa. Caso o interessado tenha alguma dúvida sobre se deve participar, é essencial que consulte seu médico ou terapeuta, bem como os organizadores do evento.

Como é a formação do facilitador?

A Terapia com Estados Holotrópicos de Consciência foi desenvolvida pelo Dr. Mauro Pozatti, Diretor da Unipaz-Sul. O treinamento para a formação requer 150 horas de respiração, assim como o estudo da cartografia da psique desenvolvida por Stanislav Grof e prática supervisionada com facilitadores experientes, estágio supervisionado do uso da tecnologia sonora e da música no trabalho experiencial, trabalho corporal de liberação bioenergética, confecção de mandalas, partilha em grupo, estudos de casos, sincronicidade e arte-terapia, biodinâmica e psicopatologia dos estados holotrópicos de consciência, xamanismo, tradições, religiões e o sagrado, consciência corporal, mitos e sociedade, representação, mitologia e o contar histórias (mitologia pessoal), astrologia, morte e renascimento em psicoterapia, assim como o estudo e aprofundamento na aplicação da terapia para ajudar a integrar o processo experiencial sem interpretar o conteúdo simbólico, emocional e transpessoal da experiência individual, mantendo o propósito da terapia holotrópica desenvolvida por Stanislav Grof.

Para saber mais:
Psicologia do Futuro, Stanislav Grof – Ed. Heresis
A mente holotrópica, Stanislav Grof – Ed. Rocco
A aventura da autodescoberta, Stanislav Grof – Ed. Summus

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Dominio Perinatal do Inconsciente

Perinatal

O prefixo "peri" significa próximo ou ao redor, enquanto que "natal" quer dizer nascimento. Assim, perinatal diz respeito ao período que vai desde que o bebê se encontra no útero até a sua saída completa pelo canal de nascimento para o mundo. O domínio perinatal do inconsciente é um intermediário entre o inconsciente individual e o inconsciente transpessoal. Isso significa que podemos entrar em contato com emoções, arquétipos, e vivências que ultrapassam o limite do individual, e abrangem toda a humanidade, e até mesmo toda a natureza. Observa-se que esse tipo de experiência caracteriza-se por uma revivência e regressão a um estado intra-uterino, porém, não se restringe a uma simples regressão ao estado fetal.
Através do perinatal é possível acessar toda uma gama de sensações, emoções intensas, reações instintivas que não nos são compreendidas, mas nos são muito familiares. Toda essa quantidade de energia que nos permeia, e se mantém em nosso organismo, fica armazenada, influenciando nossa visão de mundo, de nós mesmos e da realidade como um todo. Os estados ampliados de consciência, mais especificamente, os holotrópicos, tem um enorme potencial heurístico, de cura e de transformação. Assim, quando estamos sentindo e nos conectando com nossa história pessoal, com a história coletiva e transpessoal de uma e de várias emoções, existe um movimento em direção à totalidade (Holo-do grego,Holos=totalidade, e Tropico, do grego trepein=ir em direção, orientar-se à), e um movimento de cura e transformação.

O nascimento pode ser dividido, a nível didático, em 4 etapas ou "matrizes", cada uma com características próprias, imagens, fenomenologia, sensações físicas relacionadas, e se relacionam a zonas erógenas freudianas e várias formas de psicopatologia.

Primeira Matriz Perinatal Básica (MBP-I) - O universo amniótico

O feto encontra-se em perfeita simbiose com a mãe. A vida no útero materno é imperturbada, as condições do feto são próximas do ideal. Os elementos do estado intra-uterino imperturbado podem ser acompanhados por experiências que compartilham a falta de limites e de obstruções. Pode sentir-se no meio do oceano, se identificar com algumas espécies aquáticas, ou com o cosmos, espaço, a galáxia, ou ainda numa nave em órbita. Imagens da natureza no seu melhor aspecto, bonita, segura e incondicionalmente alimentadora (Mãe Natureza). Visões do paraíso.

Caso a gravidez tenha sido de alguma maneira perturbada por doenças maternas, fumo, bebidas, drogas, desequíbrios químicos dentro do útero, a vivência não será tão positiva e alimentadora. Perigos submarinos, poluição de rios, mares ou oceanos, natureza contaminada e inóspita. Identificação com pessoas ou animais envenenados, em câmaras de gás em campos de concentração. Forças metafísicas malignas, influências astrais maléficas. Terror e paranóia.

O principal elemento dessa matriz é a falta de limites, uma vez que não existe diferenciação entre o feto e a mãe. Assim, qualquer coisa boa ou ruim será vivenciada como algo amplo, indiferenciado. A paranóia também diz respeito à falta de limites e indiferenciação entre sujeito e objeto.
Quadro I - (do livro "Além do Cérebro", de S. Grof)

Síndromes psicopatológicas: Psicoses esquizofrênicas (sintomatologia paranóide, sentimentos de união mística, encontros com forças maléficas metafísicas); hipocondrialgia (baseada em sensações físicas estranhas e bizarras); alucinações histéricas e devaneios confusos com a realidade.

Atividades correspondentes nas zonas erógenas freudianas:Satisfação libidinal em todas as zonas erógenas; sensações libidinais durante o banho ou balanço; aproximação parcial a esta condição após satisfação oral, anal, uretral ou genital após o parto.

Memórias associadas da vida pós natal:Situações na vida nas quais todas as necessidades importantes são satisfeitas como: momentos felizes da infância (bons cuidados maternos, brincar com outras crianças, períodos harmoniosos na família,etc.); realização no amor, romances, férias ou viagens para lugares de beleza natural; contato com criações artísticas de alto-nível, natação no oceano ou em lagos límpidos etc.

Fenomenologia da Primeira Matriz:Vida intra-uterina tranquila: lembranças realísticas de experiências do "útero agradável";tipo de êxtase "oceânico", natureza sob seu melhor aspecto (Mãe Natureza);experiências de unidade cósmica;visões de Céu e Paraíso.

Distúrbios da vida intra-uterina: lembranças realísticas do "útero desagradável" (crises fetais, doenças, revolta materna, situação do gêmeo, tentativas de aborto); ameaça universal; idealização paranóide, desagradáveis sensações físicas ("porre", arrepios e espasmos, gostos desagradáveis, desgosto, sensação de evenenamento); encontro com entidades demoníacas e outras formas metafísicas e maléficas.


Segunda Matriz Perinatal Básica (MPB II) - Antagonismo com a mãe



Contrações em um sistema uterino fechado. O inferno sem saída. Neste estágio do parto, a cérvice (o canal vaginal) ainda não está aberta, e o bebê não pode sair, enquanto enormes pressões atuam sobre ele. O conforto do estágio anterior não existe mais, a temperatura costuma estar mais fria, a pressão sobre o corpo do bebê pode estar atrapalhando a circulação e o fornecimento de sangue e de calor para ele. É uma das piores situações que se pode reviver. Paradoxalmente, a única saída é aceitar completamente e render-se à situação sem saída.
Os sentimentos relacionados são: ausência de saída, ausência de sentido da vida, estar em uma situação sem solução possível, tais como prisioneiros em campos de concentração, internos em hospícios, enterrados vivos, isolamento, solidão existencial, medo, vitimização completa, medo de enlouquecer ou de nunca mais voltar. O mito de Sísifo, condenado a levar uma pedra que cairá indefinidamente depois que ele conseguir colocá-la no topo da montanha. Identificar-se com Cristo preso à cruz perguntando por que Deus o abandonou. Danação eterna.
Quando se está sobre influência dessa matriz perinatal, a pessoa está seletivamente cega aos aspectos positivos da vida, e tudo lhe parece sem sentido, a vida parece um teatro encenado por atores que não agem com sinceridade. A inevitabilidade da morte se revela presente em todos os momentos, tornando a vida sem sentido. Se vivenciado em toda a sua profundidade, pode ser extremamente libertador e promover uma importante abertura espiritual.

Terceira Matriz Perinatal Básica (MPB III)
Luta de morte-renascimento

Inferno com saída. Nesse estágio do parto ainda existem pressões sobre o bebê, porém o canal de parto encontra-se com alguma abertura. Costumamos dizer "Uma luz no fim do túnel." O papel de vítima não é o único presente, mas também o de agressor, assim como o de um terceiro observador que se identifica com os dois outros papéis. Os três papéis são vividos ao mesmo tempo. O bebê não é uma mera vítima, presa em um ambiente sem saída como antes, mas agora também se esforça para sobreviver e sair do canal de parto. Envolve pressões mecânicas esmagadorasm dores e muitas vezes um alto grau de anoxia e asfixia. Intensa ansiedade é um elemento concomitante natural de tal situação.

Pode haver interrupção da circulação sanguínea em função das contrações uterinas e da compressão das artérias uterinas. Pode haver enrolamento do cordão embilical em torno do pescoço ou o cordão pode estar esmagado. A placenta pode se soltar e bloquear a passagem (placenta prévia). Em alguns casos o feto pode inalar vários tipos de materiais biológicos. Pode haver a necessidade de intervenção mecânica, como o uso de fórceps ou mesmo cesariana. Sentimentos de separação tipo "eu e os outros". Elementos sadomasoquistas (inflingir e receber sofrimento) , escatológicos (tanto fezes e excrementos quanto imagens do fim-do-mundo), comportamento sexual anormal, depressão agitada, desvios sexuais (sadomasoquismo, beber urina e comer fezes). Fogo purificador e consumidor dos aspectos negativos da psique.

Aspecto titânico - face à enormidade de forças mecânicas envolvidas no estágio final do nascimento. É comum experimentarmos correntes de energia, de intensidade avassaladora, precorrendo todo o corpo. Podemos nos identificar com forças da natureza: vulcões, tempestades elétricas, terremotos, ondas gigantes e furacões. Ou também vivenciarmos elementos da tecnologia que envolvam muita energia, tais como tanques, foguetes, bombas atômicas e reatores termonucleares. Batalhas de proporções gigantescas e arquetípicas, entre o Bem e o Mal, Luz e Trevas, anjos e demônios, deuses e os Titâs.

Aspecto agressivo e sadomasoquista - Reflexos da fúria biológica do organismo cuja sobrevivência é ameaçada pela asfixia e pelas contrações uterinas podem ser: crueldades avassaladoras, assassinatos e suicídios violentos (morrer debaixo das rodas de veículos ou com armas de fogo), mutilações e auto-mutilações, massacres variados, tortura, execução, sacrifício, rituais, auto-sacrifício, combates sangrentos homem-a-homem, e prática sadomasoquista. Excitação sexual e extase sexual, em função de um mecanismo fisiológico que converte sofrimento biológico em prazer e excitação. Experiências sexuais no contexto dessa Matriz caracterizam-se por uma enorme intensidade do impulso sexual, qualidade mecânica não seletiva, natureza exploradora, pornográfica e desviada. Cenas de bordéis, submundo sexual, práticas sexuais extravagantes, sequências sadomasoquistas, incesto, abuso sexual ou estupro. Algumas poucas vezes podem aparecer crimes sexuais, como desmembramento, canibalismo e necrofilia. Esse nível da psique é uma base natural para disfunções, variações, desvios e perversões sexuais, em função da combinação de excitação sexual exacerbada conectada e elementos problemáticos, de ameaça à vida, perigo extremo, ansiedade, agressividade, impulsos auto-destrutivos, dor fisica e materiais biológicos.

Aspecto demoníaco - Quando aparece esse aspecto, costuma ser encarado com relutância tanto pelos terapeutas quanto por quem o experimenta. Temas comuns são Sabá das Feiticeiras, orgias satânicas, rituais de Missa Negra, e a tentação por forças malévolas. O encontro com o lado obscuro da nossa personalidade, a Sombra, pode ser encarada como demoníaco ou malévolo. Quando se consegue integrar adequadamente esse aspecto sombrio, o resultado costuma ser muito bom, mas pode ser difícil de se alcançar, dependendo da formação e das crenças de quem encara tais aspectos.

Aspecto escatológico - Tem sua base biológica porque durante o parto o bebê pode entrar em contato com sangue, secreções vaginais, urina e até fezes. Porém a experiência costuma exceder em muito o que o feto realmente experienciou durante o nascimento. Cenas de arrastar-se no lixo, em esgotos, chafurdar em pilhas de escremento, beber sangue ou urina, imagens repulsivas de putrefação. Escatologia também se refere ao fim de alguma coisa. Próximo do término, a experiência fica menos violenta e perturbadora. Imagens de conquistas de novos territórios, caças de animais selvagens, esportes perigosos e aventuras em parques de diversão, ondas de adrenalina, corridas de carro, saltos de pára-quedas ou com elástico, performances perigosas de circo ou mergulhos acrobáticos.

Encontro com o fogo - Logo antes do renascimento espiritual podemos encontrar o elemento fogo, tanto em suua forma comum diária, como em forma arquetípica do fogo do purgatório. Sensações que estamos com o corpo pegando fogo, visões de cidades e florestas em chamas, identificação com vítimas de imolação. O fogo parece queimar tudo o que há de impuro e corrompido em nós, e preparar-nos para o renascimento espiritual. Símbolo clássico é a Fênix, pássaro lendário que morre no fogo e renasce das cinzas.


Desordens emocionais e psicossomáticas relacionadas:

Agorafobia - medo de lugares abertos ou da transição de um para o outro. No nível perinatal está relacionada ao final da Matriz III, quando a liberação repentina, após muitas horas de confinamento extremo, é acompanhada do medo de perder todas as fronteiras, de explodir e de deixar de existir.

Bacilofobia e misofobia - medo patológico de materiais biológicos, odores corporais e sujeira. Medo não apenas de ser contaminado, mas de contaminar os outros também, e isso está estritamente relacionado com a agressividade orientada tanto para dentro quanto para fora, o que é exatamente a situação característica dos últimos estágios do nascimento. Os determinantes biográficos costumam envolver memórias da época do treinamento dos esfíncteres, mas suas raízes vão mais fundo e alcançam os aspectos escatológicos da Matriz III, na conexão que existe entre morte, agressividade, excitação sexual e material biológico.
Medo de viajar de trem ou metrô, medo de avião ou de viajar de carro - A falta de controle parece ser um elemento de grande importância nas fobias que envolvem movimento. A excessiva necessidade de estarem no controle da situação é típica dos indivíduos que estão sob forte influência da Matriz III e sistemas COEX relacionados, enquanto a capacidade de se render ao fluxo dos eventos demonstra forte conexão com as Matrizes I e IV.

A sensação de estar preso e a experiência de forças e energias enormes em movimento, sem ter qualquer controle sobre o processo, são elementos em comum dessas fobias, e tais elementos tem fortes conexões com o nascimento. Passar em túneis e passagens subterrêneas também apresentam similaridades com o processo de nascimento experimentado durante a Matriz III. Para que tais situações desencadeiem a fobia, as memórias perinatais têm de estar facilmente disponíveis à consciência.
Acrofobia ou medo de alturas, quereunofobia ou medo patológico de tempestades, pirofobia ou medo do fogo.

Histeria de conversão - transformação simbólica de conflitos inconscientes e de impulsos instintivos em sintomas físicos.

Neurose Obsessivo-Compulsiva

Depressão Agitada

Quarta Matriz Perinatal Básica (MPB IV)
Experiência de morte-renascimento
Essa última matriz está relacionada com os momentos que se sucedem à saída do canal de parto, e aos cuidados imediatamente recebidos pela mãe, por médicos e enfermeiras. Como em todas as matrizes, como existem fortes sentimentos envolvidos, sempre podemos experienciar arquétipos e experiências coletivas concomitantes ao nascimento biológico.

Se o parto real foi sem problemas, sem muita anestesia e os cuidados foram os ideais, então as memórias e experiências arquetípicas associadas são as melhores possíveis: bem-aventurança, sentir-se vitorioso e merecedor da vida, sentir-se amado e querido, sentir-se amado incondicionalmente, sentir-se livre após um grande esforço, sensação de ter deixado tudo o que passou para trás e novo em folha.

Muitas vezes o parto é feito com uma dose alta de anestesia, ou então, o parto é controlado a tal ponto de postergar ao máximo a saída do bebê até que o médico possa realizar o trabalho, ou ainda o parto é programado e a cesárea é o tipo de parto que se realiza. Muitas variáveis podem interferir. Pode ser necessário o uso de fórceps, o cordão pode estar enrolado no pescoço, a criança pode ter nascido quase-morta, sem conseguir respirar, ou na melhor das hipóteses, muito dopada pela anestesia e desorientada.

Caso tenham existido essas inteferências, a experiência de reviver o próprio nascimento e o contato com os aspectos arquetípicos também são diferentes.

Sabe-se que o parto com cesárea programada costuma facilitar que as crianças tenham um acesso mais imediato à espiritualidade, podendo esta ser tanto manifestada com religião ou espiritualidade sem dogmas. A explicação para isso se deve ao fato de o bebê não entrar em contato com as Matrizes II e III, ou pular apenas a Matriz III e encontrar os aspectos da Matriz IV.

No caso da cesárea de emergência, quando o bebê necessita de ajuda para nascer por alguma complicação física durante o parto, isso pode implicar num parto menos ativo da parte dele, e como consequência, não passar pela Matriz III, que refere-se ao momento de confronto, luta pela sobrevivência e uso da força física.
A tendência de nascidos com parto de emergência, pode ser uma atitude mais passiva frente a dificuldades, e a esperança de uma ajuda superior ou divina, como resultado de um registro biológico de ajuda externa por parte da equipe médica que realizou o parto. 

fonte: 
http://trans-feno.blogspot.com.br/2007/02/primeira-matriz-perinatal-bsica-mpb-i.html


quinta-feira, 4 de junho de 2009

Psicologia transpessoal

Psicologia transpessoal é uma abordagem da Psicologia considerada por Abraham Maslow (1908-1970) como a "Quarta Força da Psicologia", sendo a primeira força a Psicanálise, seguida da Psicologia comportamental, e a terceira a Psicologia humanista. É uma forma de sincretismo teórico, que abarca conteúdos de muitas escolas psicológicas, como as teorias de Carl G. JungAbraham MaslowViktor FranklKen Wilber e Stanislav Grof. Surgiu em 1967 junto com Movimentos do Potencial Humano e New Age nos EUA, pelo pensamento de Maslow, que dizia que o ser humano necessitava transcender sua Psique (pessoal), conectando-se ao Todo, ou a outras realidades mais abrangentes (transpessoais).
A Psicologia transpessoal tem como objeto o estudo da Consciência e de seus Estados não ordinários e, neste sentido, congrega vários Recursos Técnicos como a Hipnose, a Meditação, o Relaxamento, e (no campo da pesquisa) experiência com alucinógenos (GrofHuxley), além dos Estados Místicos de Tradições Espirituais. Vários autores como Ken Wilber, e Stanislav Grof, propõem Cartografias da Consciência. A Abordagem transpessoal tem atraído cientistas de diferentes áreas como na Física Goswami e Rocha Filho, que fazem a conexão entre o conhecimento científico padrão e as observações e proposições transpessoais. No Brasil o estudo dos estados não ordinários de consciência encontraram ressonância no Movimento Espírita, sobretudo no tange à questões da Mediunidade.
Como vem acontecendo com relação à Psicologia analítica, também a Psicologia transpessoal tem construído um diálogo produtivo com a Física quântica, especialmente na busca da compreensão dos fenômenos que violam princípios energéticos e temporais próprios da Física clássica, e que são estudados em linhas de pesquisa diferenciadas como Física e Psicologia.

Histórico

Durante a década de 1950, nos EUA, havia um grande descontentamento com as escolas de pensamento Behaviorista e Freudiana, muito em função do baixo retorno às questões sociais em face do reducionismo característico dessas abordagens clássicas da Psicologia. Maslow era um dos principais críticos, que enfatizava que o Behaviorismo, estudando o comportamento humano comparativamente ao comportamento animal, era incapaz de abarcar toda a complexidade do fenômeno humano. Ele destacou a necessidade de que, além do comportamento, a consciência também devia ser estudada. Quanto à Psicanálise, Maslow dizia que era excessivamente centrada nos aspectos sexuais e patológicos da natureza humana.
Abraham Maslow e Anthony Sutich fundaram a Associação de Psicologia Humanista, lançando uma revista acadêmica para divulgar a escola. A proposta foi muito bem aceita por um grande número de psicólogos, tanto que muitos contribuíram com suas teorias naquela mesma época. A saber: Carl Rogers, com sua Abordagem Centrada na Pessoa(ACP); Viktor Frankl, com a LogoterapiaFritz Perls e sua Gestalt-Terapia; e Alexander Lowen, com a Bioenergética. A ênfase destas teorias humanistas está no presente, no aqui e agora, e na capacidade de mudança, de escolha, baseado nas escolas filosóficas Fenomenologia e Existencialismo, respectivamente. Maslow afirmava que a Psicologia Humanista era apenas o berço de uma escola mais abrangente, a Psicologia transpessoal.
Os trabalhos de Tabone (2003), "A Psicologia Transpessoal: Introdução à nova visão da Consciência em Psicologia e Educação", e Boainain Jr. (1998), "Tornar-se Transpessoal: Transcendência e Espiritualidade" na obra de Carl Rogers apresentam respectivamente uma visão geral de algumas das principais abordagens transpessoais e um histórico do movimento.

Principais temas

  • Lajoie e Shapiro (1992) revisaram quarenta definições de Psicologia Transpessoal citadas na literatura entre 1969 e 1991 e selecionaram os cinco principais temas encontrados nessas definições. 1) Estados alterados de consciência; 2) o Eu superior; 3) além do ego ou além do self pessoal; 4) transcendência e 5) espiritualidade.
  • Walsh e Vaughan (1993) fizeram críticas a muitas das definições de psiclogia transpessoal, por estarem carregadas de pressupostos ontológicos e metodológicos. Eles também desafiaram as definições que ligam a Psicologia transpessoal apenas a estados saudáveis, ou à Filosofia Perene. Esses autores definiram a Psicologia transpessoal como um ramo da psicologia ligado às experiências transpessoais e fenômenos correlatos, destacando que "Esses fenômenos incluem as causas, efeitos e outros correlatos de experiências transpessoais, bem como as disciplinas e práticas inspiradas por esses fenômenos" (Walsh & Vaughan, 1993, p.203).

Críticas e Desafios

  • A principal crítica à Psicologia Transpessoal decorre de sua proximidade com o universo religioso, sobretudo espírita. Muitos profissionais que se autodeclaram "psicoterapeutas transpessoais", ou que afirmam ter suas práticas profissionais situadas no campo da Psicologia Transpessoal precisam esclarecer melhor de que modo se dá a interface de suas práticas e teorias com o saber religioso e o conhecimento cientifico;
  • As bases epistêmicas da Psicologia transpessoal se situam nas abordagens Inter e Transdisciplinar estudos mais aprofundados sobre essas bases são requeridos, bem como sobre suas dimensões hermenêuticas. Além disso, o diálogo com a Psicologia da religião, e as Ciências da Religião e Psicologia anomalística podem ser aprofundados;
  • No âmbito da ciência Psicológica as bases epistêmicas da Psicologia transpessoal podem contribuir para ampliar o diálogo da Psicologia, ciência e profissão, com outras racionalidades "médicas" possibilitando que esta Psicologia contribua para a construção de Políticas públicas, como por exemplo a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).

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Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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